Descomodidade

“Meninos de rua” (crianças e adolescentes até aos 18 anos):

1.Localização em zonas urbanas;
2.Os laços familiares se existem são débeis;
3.Desenvolvem espertezas e habilidades de sobrevivência;
4.A rua é o seu habitat principal, substituindo a família como fator essencial de crescimento e socialização;
5.A sua condição leva-os a riscos consideráveis.
(características definidas pela UNICEF)

 

A exclusão infantil é resultado de um olhar medíocre, sendo gerada de preconceitos e estereótipos caracterizando estas crianças automaticamente como marginalizadas, inadaptadas e delinquentes.
As crianças em situações precárias, sobrevivendo da rua são resultado de extrema desestruturação ou desorganização familiar, devido à violência intra-familiar.
Ao se depararem com esta realidade desenvolvem práticas de sobrevivência. A rua é um fator de socialização negativo levando estas crianças a tomarem caminhos de marginalidade e delinquência.
Esta problemática resulta de estruturas de exclusão que condicionam a forma como os grupos sociais em situação de pobreza organizam as suas estratégias de sobrevivência e reprodução social. A pobreza infantil é outra face da pobreza urbana, de uma forma mais anónima, resultado de desvantagens.
Muitas das crianças e jovens nestas situações são exploradas, isto porque tentam-se sustentar, colocando-se numa posição vulnerável perante a sociedade, acabando por serem formalizados como delinquentes.
O problema neste caso é o fato de vivermos numa sociedade que evita tudo o que a possa incomodar, sendo tudo o que a incomoda negado automaticamente, chegando a convencer que tal coisa não existe, ou é insignificante, embora se trate de problemas do nosso mundo, da nossa realidade. No entanto existem milhares de crianças na rua e existem muito antes de serem notícia, despertando uma parte da sociedade curiosa.